27/03/2012

Vitória 1993 (BRA)


Não me tocara ainda que na nossa (podemos já dizer) vasta galeria, estava faltando um gigante do futebol nacional. Dono de uma das maiores torcidas do Brasil e de uma história repleta de grandes craques que lá surgiram para o cenário do futebol, é chegada a hora do Esporte Clube Vitória (Salvador-BA) figurar entre as artes aqui do Vitrine do Botão.
A década de 1990 foi certamente uma reviravolta na história do Vitória, caracterizando-se pelo alto investimento (ainda que baixo para os padrões do futebol brasileiro na época) nas categorias de base, o que deu resultado: com seis conquistas do Campeonato Baiano de Futebol (1990, 1992, 1995, 1996, 1997 e 1999) contra quatro do rival, o clube consolidou a hegemonia estadual e diminuiu a larga vantagem do arquirrival em títulos estaduais e confrontos diretos do clássico Ba-Vi (o maior clássico do Nordeste e um dos maiores do Brasil).
A década começou promissora, com o terceiro bicampeonato da história do rubro-negro, em 1989-90. Três anos depois, no seu retorno à Série A, o Vitória montou um elenco modesto, dando prioridade à sua divisão de base, que viria a ser sua principal arma para o futuro. Nomes como Dida, Paulo Isidoro, Alex Alves, Rodrigo, Giuliano foram incorporados ao elenco principal naquele mesmo ano, e de maneira surpreendente o Leão (como é chamado pelos seus torcedores) chegou à final do Campeonato Brasileiro de 1993.
Depois de eliminar times como Flamengo, Santos e Corinthians, o Vitória chegou à final contra o milionário Palmeiras. A diferença entre os dois clubes era gritante. Para se ter uma ideia, a folha salarial inteira do time baiano correspondia apenas ao salário de Edmundo, atacante do time paulista. O Palmeiras acabou vencendo os dois jogos da final, levando o título e deixando o vice-campeonato para o rubro-negro.
Este time, também pedido do amigo Paulo Baby de São Paulo, tenta replicar de maneira fiel a camisa, patrocinadores, fornecedor de material esportivo, e o mais importante - a escalação e a alma daquele grande time que deixou saudades na torcida rubro-negra.

Fichamento
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Fabricante de material: Lima Botões
Arte: VITRINE DO BOTÃO
Lançamento: fevereiro de 2012
Avaliação técnica: 8,0
Nota jurada: 10,0/10,0/sn/10,0/sn (parciais) sn (média)

6 comentários:

  1. Saudosa década de 90 e a CCS com suas camisas épicas e arrojadas para a época.

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    1. É verdade, Anderson
      A CCS tinha mesmo designs que fugiam ao lugar comum. Lembro-me de uma camisa muito bacana do Londrina que era obra da CCS. Uma curiosidade... Você que conhece tanto sobre camisas, sabe de onde era a CCS?

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  2. Jeferson,

    A CCS tinha sede em S. Paulo, assinou inumeros uniformes por este BRasil, porém devido a concorrência falaiu.

    Abraços

    Eloir

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    1. Ah, valeu José Eloir
      Como eles eram responsáveis por diversas camisas aqui no interior do Paraná, eu até imaginava que fosse paranaense a empresa.

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  3. Foi a CCS quem fez aquele uniforme do Londrina que tinha um desenho de tubarão na frente da camisa?

    Jeferson, só faltou dizer que o Vitória eliminou o Paraná antes de pegar os tradicionais clubes brasileiros. Naquele ano, Paraná e Vitória deveriam disputar a elite, já que foram campão e vice da Série B do ano anterior, mas armaram e deixaram os dois times em grupos inferiores, uma espécie de segunda divisão maquiada. O rubro negro baiano e o tricolor tiveram que duelar por uma das duas vagas dadas aos pequenos. Daí deu Vitória.

    Parabéns pela arte e pelo texto.

    www.meustimesdebotao.blogspot.com

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    1. Olha Flávio, Eu não me lembro quem era o desenvolvedor daquela camisa que trazia estampado no peito um Tubarão em posição de ataque. Não descarto que seja trabalho da CCS também, só não estou certo disso.
      Com certeza mesmo lembro-me de que era a CCS quem vestia o time do título paranaense de 1992 - Uma bonita camisa por sinal.
      Com relação a este embrólio com o acesso e o descenso de 1992 para 93, o amigo está coberto de razão. Seu relato completa muito bem a explicação. É poca em que rolavam essas viradas de mesa tenebrosas no futebol brasileiro.

      Obrigado pela força aí com o post, querido.
      Grande abraço.

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